quinta-feira, 15 de julho de 2010

O painel do Gusmão - no metro (sem acento) de Faria Guimarães

Aqui está o painel do padre Gusmão em exposição no metro Faria Guimarães no Porto, precursor do infeliz padre Adelir de Carli, outro adepto de caminhos não-ortodoxos de alcançar o Céu.

Chegou tarde uma errata, de autoria do perspicaz jornalista Alberto Dines, capitão-mor do Observatório da Imprensa. Agora a BD já foi inaugurada no metro Faria Guimarães.
Mas registremos aqui a correção.
Com a palavra, Dines:


"Meu caro Spacca: o Egypto gentilmente mandou-me esta seqüência do teu trabalho sobre o Gusmão. Precioso ! O traço é maravilhoso e os dados históricos são perfeitos, sobretudo as histórias sobre o convento de Odivelas, a conversão ao judaísmo e as gozações de que foi vítima em Lisboa pelo fato de ser brasileiro (só discordo da conclusão: ele não fugiu para a Inglaterra mas para a Espanha. Foi o que contou o irmão menor, também religioso, no longo depoimento que prestou à Inquisição).
Parabéns
Abração
Dines"



Então o Gusmão não estava fugindo para a Inglaterra, via Espanha??

Ousei duvidar do autor de "Vínculos do Fogo", tratado que esmiuça a vida dos cristãos-novos precisamente na época em que o padre Bartolomeu lá estava com sua Passarola. E fui fuçar nos meus alfarrábios (na verdade um só, o livro do Afonso Taunay, que colige diversas fontes).


Lasquei-me... segui a pista errada, a mesma pista dos contemporâneos de Gusmão assim que ele sumiu de Portugal, avisado de que o Santo Ofício estava nos seus calcanhares.
Acharam que ele havia embarcado para a Inglaterra.

Na verdade, ele - provavelmente - desejava instalar-se em Paris. Ou quiçá Amsterdam, onde travava relações com a comunidade judaica.
Colocados estes pingos nos ii, vamos à saga do "padre voador":



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